segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Especial de Carnaval - Uma breve lista de leitura

Caríssimos amigos,

<Ironia mode ON>


E aí? Já se encontram embebidos dos eflúvios momescos? Já se encontram inebriados pelos aromas peculiares que envolvem as ruas e as praças enquanto o "povo brasileiro", demonstrando toda a sua "malemolência" e uma inaudita e inesperada felicidade e alegria, "brinca" Carnaval?

<Ironia mode OFF>

Nesta imagem, o Procurador Pão Duro "curtindo loucamente" os festejos do Rei Momo....

 Bom, deu para perceber que Carnaval, realmente, não é a minha "praia". Nunca consegui gostar do Carnaval...antes, quando ainda causídico autônomo, me ressentia profundamente de uma pausa de uma semana inteira (na prática, 10 dias, se contarmos a sexta pré-momesca, a quinta e a sexta-feira pós quarta de Cinzas, e o final de semana subsequente), o que atingia, sobremaneira, os meus ganhos. Sim, pois, sendo advogado (e, por isso mesmo, dependendo, essencialmente, do funcionamento do Poder Judiciário para ganhar dinheiro), Fórum fechado significa bolso vazio...

De alguns anos para cá, como servidor público, talvez eu tivesse possibilidade de passar a gostar da Festa de Momo...Infelizmente, descobri que não sou um sujeito flexível a este ponto: meu interesse no Carnaval (pelo menos no Carnaval "tal como a maioria o vive") restringe-se ao caráter antropológico da festa (ou seja, observar o comportamento da "fauna" que "brinca" Carnaval e tirar, daí, algum divertimento).

Logo, diante desta minha inépcia para "curtir" o Carnaval, desde muito cedo procurei aproveitar o tempo oferecido pelo feriado para o desenvolvimento de aptidões que, normalmente, não são cultivadas pelas pessoas em geral. Uma delas (talvez decorrente de uma certa curiosidade inata, e que, creio, seja compartilhada por uma boa parte, senão a maioria, dos membros da "Finansfera") diz respeito à leitura. 

Tornei-me leitor voraz desde muito cedo (e, creio eu, isso tenha contribuído sobremaneira para minha aprovação posterior em concurso público, na medida em que - anotem aí - concurso público é essencialmente uma "maratona", e não uma "corrida de 100 metros". Estuda-se não "para passar" mas "até passar", e é aí que mora o segredo: resiliência física e mental para suportar  as privações da vida até a aprovação), e de uma larga gama de assuntos (o que, por sua vez, me ajudou muito em algumas situações específicas, da vida de advogado/concurseiro, onde era essencial argumentar, com certa convicção, ainda que equivocado na essência da resposta). 

Ultimamente, para além dos estudos de língua estrangeira (estou "apanhando" já há algum tempo do alemão, tal como nosso Eminente Tiozinho da ZL), três grandes temas estão no centro de minhas atenções:

(i) Estoicismo (tanto na vertente greco-romana, como, posteriormente, seu "encaixe" na cultura judaico-cristã);

(ii) Estudos de meta-leitura (isto é, livros que tratam de temas como: "como ler melhor", "como estudar melhor", etc., temas estes em que tenho sido constantemente ajudado pelo blog de nosso Excelentíssimo Scant);

(iii) Teoria dos Jogos (não se trata de estudar como fazer bons jogos de videogame, ou de tabuleiro): É um ramo específico da Matemática/Economia, inaugurado por John von Neumann e Oskar Morgenstern - reparem nos sobrenomes tedescos -, e depois desenvolvido por pessoas como John Nash (já devem ter visto o filme que trata da vida dele: "Uma Mente Brilhante"), e que trata da possibilidade de matematização das chamadas "interações estratégicas" entre as pessoas (partindo do pressuposto de que estas se guiam por uma racionalidade instrumental).

Como não consigo ser um leitor "linear" (reconheço ser um defeito, pois muita coisa "fica pelo caminho"), meu "cantinho" em casa tem um monte de livros, nos mais variados graus de leitura. Então - e daí voltando ao título do post, segue então a atual lista de leitura:

(i.1) A Guide to the Good Life - The Ancient Art of Stoic Joy (William B. Irvine);
(i.2) Cartas de um Diabo a seu aprendiz (C. S. Lewis);
(ii.1) Como educar sua mente (Susan Wise Bauer);
(ii.2) Como ler livros (Mortimer J. Adler e Charles Van Doren);
(ii.3) A Arte da Leitura (Mortimer J. Adler e Charles Van Doren);
(iii.1) Teoria dos Jogos - Com aplicações em Economia, Administração e Ciências Sociais (Ronaldo Fiani);
(iii.2) The Complete Idiot´s Guide to Game Theory (Edward C. Rosenthal);
(iii.3) Game Theory and the Law (Douglas G. Baird, Robert H. Gertner e Randal C. Picker);
(iii.4) Game Theory - A nontechnical introduction (Morton D. Davis).

Normalmente não tomo notas separadas na leitura; faço apenas anotações no próprio livro, mas, se alguém se interessar, pode ser que eu me anime a resenhar algum deles por aqui (tal como nosso Exmo. colega Scant, que muito nos ajuda por meio das resenhas que divulga em seu blog).

Contem aí nos comentários como andam as leituras de vocês...

Então é isso, meus amigos...neste Carnaval, sigo na leitura!

Ósculos e amplexos a todos!!!!

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Minha Carteira

Um breve histórico

Caros amigos e leitores, bom dia!

Como prometido no posto de abertura, chega o momento de trazer até vocês a composição atual da minha carteira de investimentos. A maior parte da mesma foi adquirida no período de 2014 a 2018, momento em que, por força da minha atuação profissional no órgão em que trabalho, assumi cargo de subchefia, o que trouxe uma gratificação considerável.

Tudo que é bom, decerto, dura pouco. Alegria de pobre, então, dura menos ainda. Em 2018 deixei o cargo de subchefia e "voltei para a planície", o que coincidiu com a possibilidade de mudança de endereço, algo que abracei com todas as forças (e gastos). A mudança (com obra, porque desgraça pouca é bobagem) basicamente consumiu minhas reservas de emergência, vindo a terminar já em 2019. De lá, para cá, tenho tentado - com relativo sucesso - recompor minhas reservas de emergência, sem deixar, evidentemente, de aportar em "oportunidades" que se apresentem (algo cada vez mais raro, pois tenho a sensação - não sei se compartilham dela - de que os preços em Bolsa andam "esticados").

A Carteira

Sem mais delongas, vamos a ela:





Não Procurador Pão Duro, não é esta Carteira!!!









Ah, agora sim...vamos a Carteira (de Investimentos) do Procurador Pão Duro...



Como vocês podem ver, estou concentrado essencialmente em FIIs (explicarei mais abaixo). Por sua vez, minha reserva de emergência hoje é a seguinte:








A Ratio da montagem da Carteira

Sempre fui um camarada bastante conservador no que se refere a investimentos (ou, melhor dizendo, só passei a ganhar o suficiente para investir bem, e com alguma consciência, já mais velho). Isso me levou a um pensamento um pouco diferente do "normal" da "Finansfera".O "normal", neste caso, é aquilo que os analistas financeiros pregam: no início de qualquer carteira: a mesma deve estar concentrada em renda variável, de preferência em investimentos "apimentados", porque você (sendo jovem) tem tempo para aproveitar, ao longo dos anos, a valorização destes investimentos ao longo dos anos (faça uma experiência: bata aí no Google "gráfico Dow Jones desde 1929" e veja o resultado).

Essa ideia, no mais das vezes, dá certo: o camarada começa a aportar com 20, 20 e poucos anos, e aproveita a valorização das ações em Bolsa, e quando chega na minha idade, tem um valor investido considerável, e, neste momento, ele começa a converter tal montante em renda variável, já de olho na aposentadoria.

No meu caso, como disse, comecei a receber uma quantia mais vultosa somente em 2014, e como a quantia era proveniente de subchefia (ou seja, cargo em comissão), sempre tive a consciência de que, cedo ou tarde, a "mamata" ia acabar. Assim, minha ratio foi buscar algum tipo de investimento que me gerasse fluxo de caixa (de preferência mensal) para que eu não sentisse tanto o "baque" da perda do cargo (se, e quando, a perda viesse). Não daria tempo para usar o raciocínio "normal" exposto acima: não era o caso de esperar a valorização dos meus investimentos (como pode, e deve, ser o caso dos mais jovens aqui na "Finansfera"), mas de extrair, desde logo, algum tipo de rendimento em cima do dinheiro.

A primeira ideia que vem a cabeça, nesta linha, é o investimento em imóveis físicos. Mas daí surgiu o primeiro empecilho: o custo dos imóveis físicos aqui no Hell de Janeiro, em relação tanto ao benefício que poderiam trazer, como em relação à concentração do risco. Em outra palavras: o valor atual da minha carteira, hoje, permitiria adquirir 2, ou talvez 3, bons imóveis para locação. Só que, neste caso, meu risco estaria concentrado em 2 ou 3 inquilinos. No caso de inadimplência de algum deles, eu estaria ferrado. E, vai por mim (no início da carreira na advocacia, trabalhei administrando imóveis) o inadimplemento sempre acontece...

Após algum estudo, descobri os FIIs e estes resolveram ambos os problemas: consigo investir em "imóveis" (sei que se trata de renda variável, fundada em "papel", mas não se pode esquecer do lastro imobiliário por trás deles), gerando um fluxo de caixa mensal, e pulverizando o risco (já que, de um lado, o valor total do investimento fica dividido em vários FIIs e, de outro lado, dentro de cada FII o risco fica pulverizado, pois procuro escolher sempre FIIs multi-multi).

O mesmo raciocínio tem sido aplicado em relação a reserva de emergência: uso o Tesouro Direto (como o Governo recompra, é mais interessante, na minha visão, deixar lá do que em algum CDB/Fundo de Banco), mas procuro adquirir sempre os títulos que pagam juros semestrais (os famosos "cupons"), para que a reserva de emergência também contribua com o fluxo de caixa do mês para além do meu salário (afinal, quem tem mulher mais 3 filhos sempre tem mais alguma coisa para pagar...).

Amigos queridos, é isso. Vou tentar deixar algo especial programado para o Carnaval...
Ósculos e amplexos para todos!!

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Vamos começar?

Quem sou eu?

Procurador, 41 anos, pai de três, no segundo casamento, tentando atingir não apenas a independência financeira, mas também reunir uma carteira de investimentos que permita:
  • (a) um fluxo de caixa paralelo aos salários (já que o mito de que o serviço público não atrasa os pagamentos é só isso mesmo, um mito); e,
  • (b) uma aposentadoria melhor (já que, do jeito que as coisas andam, talvez eu nem consiga me aposentar, e, se conseguir, provavelmente o será com salário mais baixo do que o atual);
Venho acompanhando já há alguns anos a chamada "Finansfera", mas sempre em silêncio. Nela obtive grandes lições, que me permitiram chegar aonde estou hoje. Acho que agora, depois de alguns anos de observação atenta e estudo, tenho finalmente condições de dar meus "pitacos" sobre os temas normalmente debatidos nos blogs de finanças pessoais.








Nesta foto, o Procurador Pâo Duro contando dinheiro para pagar as mensalidades escolares dos filhos...





Meu Objetivo:

Penso neste blog primeiro como uma espécie de diário, onde posso registrar a evolução das minhas finanças pessoais. Este registro, por sua vez, pode servir como um "benchmark" em relação aos outros participantes da "Finansfera": a partir da comparação com outros financistas, poderei perceber o quanto de "caminhada" ainda tenho que trilhar para atingir os meus objetivos.

Sendo um diário, evidentemente, não pretendo limitar os temas das postagens somente ao aspecto financeiro: penso que vale, de vez em quando, variar os assuntos e tratar de outros temas de interesse. Se for o caso, inclusive, abordar assuntos trazidos nos comentários (se houver).

Minha intenção é manter o ritmo de uma postagem por semana, contudo, não tenho backlog e não sei se terei isso tudo de assunto, logo não posso afirmar se isso será possível. Não custa, porém, tentar.

No próximo post, a Carteira do Procurador Pão Duro, até agora.

Ósculos e Amplexos a todos!